Fúria em dois Sóis

Fúria em dois Sóis

FÚRIA EM DOIS SOIS

1.      O mestre do medo, o senhor das trevas tem umas palavras de repulsão sem sentido  quando observa o fogo queimando em chama verde. Aos sons dos trovões se pede por maldição quando percebe que uma solidão invade os corações dos pobres humanos que perdem a alma.

 

2.      Por mais que se ame, jamais sentirá saciedade. Gritando aos deuses da solidão para queimar tudo em volta. Os demônios queimam em água fria para dissolver os pecados. Ó deus da dor e sofrimento eu vos louvo por sua clemência! O desespero nos olhos dos humanos é assustador...

 

3.      Por mais que se peça por piedade nunca um deus permitirá. Apenas a si mesmo é que se dá a carta de alforria. Pela escuridão se vagueia sem saber por onde andar. Esperando um sinal de sua divindade. Sua existência é duvidosa e no fundo um desejo de ilusão confirmada.

 

4.      Por mais que doa, a verdade é a melhor opção para queimar os restos de um ciclo. Agora mil anjos caem em uma multidão desolada para destruir todas as almas amarradas. Os demônios correm de medo para sobreviver, covardes iguais sua natureza.

 

5.      A dúvida que permeia em cada ser é a arma mortal da destruição. Quem a colocou? Não sei. Só sei que existe. O que fazer? O certo ou o que o desejo interno grita? Os furacões devastam tudo que encontra e é preciso controlar de qualquer maneira.

 

6.      Os sóis juntos se queimam, causando feridas imensuráveis um ao outro. A aproximação de dois sóis é a catástrofe de um apocalipse. A fúria em um deles é o que ocasiona a morte deles. A destruição final de dois sois que brilharam por bilhões de anos no universo afora. Agora não existe mais.